Desde a década de 70, várias mudanças ocorreram na dieta dos brasileiros, sendo algumas consideradas um retrocesso. As características e tendências inadequadas na alimentação diária que merecem destaque são:
1) Exagerado consumo de lipídeos totais (gorduras e óleos) e de gordura saturada (gordura predominantemente presente no reino animal). É importante reverter essa tendência e assegurar um consumo dentro dos níveis adequados. Na década de 70, o consumo total de gorduras era em média de 25,77% das calorias diárias, atualmente este consumo encontra-se em 30,52%.
2) Importante queda no consumo de peixes e significativo aumento no consumo de carne vermelha, contribuindo para o aumento da ingestão de gorduras totais e do tipo saturada.
3) Consumo muito baixo e insuficiente de frutas, legumes e verduras, reconhecidamente fatores de proteção para a saúde. O consumo deste grupo deve ser elevado em pelo menos três vezes o consumo atual.
4) Acentuada queda no consumo de leguminosas (feijões,...), sendo importante assegurar a manutenção de seu consumo diário.
5) O alto consumo de açúcar simples (doces, refrigerantes, açúcar de adição,...) em todas as classes, devendo seu consumo ser reduzido em aproximadamente 1/3.
6) Alto consumo de sal, colocando o Brasil entre os países de consumo mais elevado do mundo . A ingestão atual de sal deve ser reduzida em três vezes para se situar no limite máximo recomendado para uma alimentação saudável.
Fonte:
Estudo Nacional de Despesa Familiar (ENDEF);
Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF)
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