Alimentação dos Brasileiros, Situação Atual (IBGE, 2010): Consumo, Aquisição e Avaliação Nutricional


    A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, divulgada nesta quinta-feira (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra informações sobre os hábitos de aquisição e consumo alimentar dos brasileiros, veja alguns resultados abaixo: 

  • Aquisição -

   Entre 2002-03 e 2008-09, a aquisição média anual por pessoa caiu 40,5% para o arroz polido (de 24,5 kg para 14,6 kg), feijão, queda de 26,4% (de 12,4 kg para 9,1 kg) e açúcar refinado, de 48,3% (de 6,1 kg para 3,2 kg). No mesmo período, aumentaram, entre outros, o refrigerante de cola (39,3%, de 9,1 kg para 12,7 kg), a água mineral (27,5%, de 10,9 kg para 13,9 kg) e a cerveja (23,2%, de 4,6 kg para 5,6 kg).

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  • Consumo -

   O consumo de alimentos no domicílio indica a queda na participação de itens tradicionais na composição da alimentação adquirida pelo brasileiro, como arroz (de 17,4% para 16,2%), feijão (de 6,6% para 5,4%) e farinha de mandioca (de 4,9% para 3,9%), enquanto cresceu a proporção de comidas industrializadas, como pães (de 5,7% para 6,4%), embutidos (de 1,78% para 2,2%), biscoitos (de 3,1% para 3,4%), refrigerantes (de 1,5% para 1,8%) e refeições prontas (de 3,3% para 4,6%).

  • Avaliação Nutricional da Ingestão 

   Avaliação nutricional mostrou que, em 2008-2009, a disponibilidade média  de alimentos por pessoa correspondeu a 1.611 kcal/dia, menos que em 2002-2003 (1.791 kcal)

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   O estudo identificou algumas características negativas dos padrões de consumo alimentar em todo o país e em todas as classes de renda, como o teor excessivo de açúcar (16,36%) e a participação insuficiente de frutas (2,04%) e verduras e legumes (0,80%) na alimentação. Nas regiões economicamente mais desenvolvidas (Sul, Sudeste e Centro-Oeste) e, de modo geral, no meio urbano e entre famílias com maior renda, havia consumo elevado de gorduras, em especial as saturadas. Também foram observados padrões positivos de consumo, como a adequação do teor protéico dos alimentos (12,08%) e a elevada participação de proteínas de origem animal (6,69%). 

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 Fonte: IBGE, 2010 

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